Letícia Fazolin Wendling*
A expressão bullying vem sendo repetidamente apresentada nos meios de comunicação de massa, foi disseminada através das telenovelas, e se tornou popular entre os jovens. Entretanto, para a coordenadora pedagógica de 5ª a 8ª série, da Escola Estadual de Educação Básica Nicolau de Araújo Vergueiro – EENAV, Nelci Novelli, a novela da rede Globo “Caminho das Índias” foi só o pingo d’água para o que já estava acontecendo de forma mais tímida e omitida. “As agressões verbais sempre existiram, o que eclodiu de maneira mais preocupante foram às agressões físicas”, afirmou a coordenadora. “Somente neste ano na escola foram registradas três brigas entres os estudantes, duas no horário de intervalo dentro de uma sala de aula e uma em frente ao educandário”, conclui. Para a coordenadora o mais preocupante foi à atitude dos alunos que acompanhavam os atos, “eles gravaram um vídeo, que foi postado no site youtube, em que apareciam brigando e os demais aplaudindo como testemunhas daquela situação, uma glamourização da violência”, destacou Nelci.
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Uma equipe, formada pela supervisão, direção e serviço de orientação educacional – SOE, realiza diversas atividades com os alunos e pais para orientar e explicar as consequências maléficas do bullying. Para as ocorrências de ofensas e apelidos, a escola registra em ata e encaminha alvo e agressor para uma conversa com serviço de orientação escolar. Já no caso de brigas, a intervenção quando necessária tem o apoio de um policial residente e os autores são encaminhados ao Conselho Tutelar e em alguns casos para a Delegacia de Proteção a Crianças e Adolescentes – DPCA. Aos pais e alunos são explicadas todas as complicações que esses atos podem ter sendo dada a ciência da responsabilidade de cada um.
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As vítimas de agressões muitas vezes demoram a relatar que estão sofrendo esse tipo de repressão verbal e/ou física, “muitas vezes as informações chegam através de outros alunos, ou professores conselheiros de turma que notam um comportamento diferente e tem maior abertura de conversa com os estudantes”, destacou a coordenadora.
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Confira os exemplos de bullying postados nos vídeos feitos pelos estudantes da EENAV:
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*Radialista, Pós-graduada em Gestão em Processos de Comunicação pela UNIJUI, Acadêmica de Jornalismo da UPF
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