Os pais de Heather Reneé Sweet pensaram que era somente uma fase passageira de sua adolescência, quando ela relevou que gostaria de ser uma dançarina erótica. Anos depois, vendo sua filha tomar banho em um copo gigante de Martini, suas esperanças devem ter ido por água abaixo.
Foto: Google Imagens |
Na época, o estilo pin-up ainda não era popular, havia se perdido no tempo pós Segunda Guerra, em meio a tantas outras coisas. Sua grande admiração por modelos daquela época a motivou a resgatar o estilo, indo contra a maré e os padrões convencionais americanos. Trocou os cabelos loiros e biquinis por um visual moreno e lingeries sensuais. Seu estilo próprio e voluptuoso rapidamente alçou a popularidade da dançarina, chamando a atenção da Playboy no final dos anos 90. Seu primeiro ensaio fotográfico para a revista teve grande repercussão e foi o responsável pela febre do gênero burlesco no mundo todo. A partir daí, a fama de Von Teese só cresceu. Hoje, coleciona algumas pontas em filmes e séries, além de desfiles para marcas de grife, além de uma linha própria de lingeries.
O estilo pin-up inspirou o público e o mercado, e instalou uma nova era de apego e culto ao antigo.O movimento retrô ganhou apreciação, a indústria aprendeu a olhar para o passado, e buscar nele novas formas de “renovação”. Esta postura, inclusive, expandiu-se para outras áreas, como a da produção cultural. No ramo musical, cantoras como Katy Perry e Rihanna seguem o estilo reinventado por Dita Von Teese. Amy Winehouse, talvez o exemplo mais icônico, também era uma autêntica adepta do estilo pin-up.No cinema, filmes como Moulin Rouge, Burlesque e Chicago, também trouxeram às telonas o visual rebuscado das dançarinas clássicas nos cabarés europeus.
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*Fernanda Breda e Matheus Dalla Costa são alunos do curso de jornalismo da UPF, VI nível.
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