Roberto Biluczyk*
Mais que uma simples mudança de humor, o transtorno bipolar atinge uma parcela da população mundial que sofre com a incompreensão social. Dessa forma, a doença pode interferir negativamente na vida do doente – e das pessoas ao seu redor, consequentemente. É o caso de Matilde Vieira, 49 anos, que, no trabalho, precisou lidar com colegas pouco tolerantes: “Não me entendiam, por mais que eu explicasse do que sofria. Algumas doenças psicológicas são tratadas de forma banal, como modismos, mas são sérias”, salienta a mulher, que descobriu ser bipolar em 1995.
Alteração de humor caracteriza o bipolar. (Foto: Google Imagens) |
Anteriormente denominado ‘psicose maníaco-depressiva’, o transtorno bipolar pode ser facilmente confundido com oscilações habituais de humor. Faz-se necessário um acompanhamento rigoroso do paciente, a fim de detectar sua real necessidade.
Geralmente se manifestando após os vinte anos, o distúrbio pode ser dividido em:
Tipo 1: mais comum e de maior duração, com períodos depressivos alternados com manias exageradas;
Tipo 2: mais leve - manias são substituídas por hipomanias - e com menores interferências no convívio.
Inclusive famosos sofrem da doença, como a atriz Catherine Zeta-Jones e a cantora Britney Spears. O vocalista da banda Nirvana, Kurt Cobain, e o pintor Vincent Van Gogh sofreram da doença e tiveram um final comum a vários bipolares: o suicídio. Segundo reportagem da revista Veja, vítimas do transtorno bipolar estão trinta vezes mais sujeitos a tirar a própria vida que as pessoas sem o problema. A atriz brasileira Cássia Kiss falou um pouco mais sobre a doença que sofre em um programa de televisão. Confira o relato no vídeo abaixo:
Quando diagnosticado, o transtorno bipolar precisa ser tratado através de terapias ocupacionais ou medicamentos, como lítio, ou ainda contar com a ajuda de anticonvulsivantes. Na televisão, o Jornal Globo News tratou o assunto e tirou dúvidas da audiência com a presença de profissionais especializados na área. Para assistir o vídeo e ouvir as perguntas, respostas e demais esclarecimentos, clique aqui.
Mais do que tudo, o bipolar precisa do apoio da família e dos amigos. Matilde conta com a ajuda da irmã, Virgínia, para enfrentar o distúrbio: “Não é fácil lidar com o comportamento dela, mas é preciso entender que não é por mal. Ela sofre e se trata, enquanto algumas pessoas que conheço negam seu estado de saúde”, relata Virgínia.
Documentário do SBT mostra experiências e vivências de um casal com transtorno bipolar.
*Roberto Biluczyk é acadêmico do VI nível do curso de Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo da UPF.
Nenhum comentário:
Postar um comentário