*Cássia Paula Colla
Nossos Heróis morreram de Overdose!
A legalização de determinados entorpecentes, em especial a maconha, traz a discussão mais acirrada sobre essa temática. Se, por um lado, a legalização da maconha pode reduzir os índices de homicídios decorrentes do tráfico, ela também pode servir como uma possibilidade de entrada no mundo das drogas e, a partir disso, abrir as portas para outras drogas ilícitas e de maior poder alucinógeno.
A saúde publica e as drogas
O debate sobre saúde não se enquadra somente em criticar o SUS e denunciar a falta de profissionais para atender a altíssima demanda nas emergências do país. Essa temática traz um emaranhado de assuntos que vêm da raiz das moléstias que assolam a população, desde o uso incorreto de agrotóxicos na agricultura aos alimentos contaminados, a poluição, a degradação ambiental, as precárias condições de saneamento básico e todo o conjunto de fatores que estão presentes no cotidiano social.
As substancias psicotrópicas também são agentes fundamentais para serem analisados como problemas de saúde pública. Dados divulgados no relatório Mundial Sobre Drogas mostram que 4,8% da população mundial, entre 15 e 64 anos, são dependentes químicos, número que se mantém estável. Este índice é favorável, frente às políticas de combate ao uso de drogas ilícitas, mas mesmo assim os dados chamam a atenção quando é levado em consideração que 26 milhões de pessoas no mundo são dependentes químicos.
Diante desses dados e comparados com a demanda da superlotação das emergências médicas, percebe-se que os viciados são uma parcela significativa dos que tomam conta do número de vagas em todo o país e incham esse sistema, quando isso poderia ser evitado, tendo em consideração que a entrada no mundo das drogas é feita por escolhas próprias, diferentemente de uma doença que não se espera o momento que irá se manifestar ou até um acidente qualquer. Moléstias que acontecem não intencionalmente, diferentemente dos efeitos na saúde causado pelas drogas, pois as consequências destas já são conhecidas no momento que se escolhe esse caminho.
O debate sobre saúde não se enquadra somente em criticar o SUS e denunciar a falta de profissionais para atender a altíssima demanda nas emergências do país. Essa temática traz um emaranhado de assuntos que vêm da raiz das moléstias que assolam a população, desde o uso incorreto de agrotóxicos na agricultura aos alimentos contaminados, a poluição, a degradação ambiental, as precárias condições de saneamento básico e todo o conjunto de fatores que estão presentes no cotidiano social.
As substancias psicotrópicas também são agentes fundamentais para serem analisados como problemas de saúde pública. Dados divulgados no relatório Mundial Sobre Drogas mostram que 4,8% da população mundial, entre 15 e 64 anos, são dependentes químicos, número que se mantém estável. Este índice é favorável, frente às políticas de combate ao uso de drogas ilícitas, mas mesmo assim os dados chamam a atenção quando é levado em consideração que 26 milhões de pessoas no mundo são dependentes químicos.
Diante desses dados e comparados com a demanda da superlotação das emergências médicas, percebe-se que os viciados são uma parcela significativa dos que tomam conta do número de vagas em todo o país e incham esse sistema, quando isso poderia ser evitado, tendo em consideração que a entrada no mundo das drogas é feita por escolhas próprias, diferentemente de uma doença que não se espera o momento que irá se manifestar ou até um acidente qualquer. Moléstias que acontecem não intencionalmente, diferentemente dos efeitos na saúde causado pelas drogas, pois as consequências destas já são conhecidas no momento que se escolhe esse caminho.
A legalização da maconha e outras drogas e a saúde pública
A legalização da maconha, por exemplo, pode ser vista como um problema de saúde pública quando analisada como uma porta de entrada para as drogas ilícitas como a cocaína e todo o conjunto de psicotrópicos. Diante disso, o questionamento não se volta ao uso da maconha como substancia alucinógena, mas aos malefícios que seu vicio pode causar à saúde humana, da mesma forma que o consumo do cigarro e do álcool causam no organismo. Além disso, as drogas lícitas são portas de entrada para as ilícitas que causam efeitos ainda mais devastadores no corpo. O crack, por exemplo, agora denominada como “Pedra da Morte”, causa conseqüências terríveis no organismo, resultando, na maioria das vezes, no óbito do usuário.
Conheça o efeito do crack no organismo.
Obviamente não se pode generalizar. A maconha pode ser uma porta de entrada mais rápida para outras drogas, quando necessariamente também não é considerada. As opiniões divergem nessa questão. Para o médico norte americano John Morgan, autor do livro Maconha: Mitos e fatos, nada mostra que a maconha é a porta de entrada para outras drogas, e é menos prejudicial que o tabaco.
O grande problema é a falta de controle e equilíbrio das pessoas, pois ao mesmo tempo a maconha pode ser consumida como o álcool ou o cigarro, que são utilizados e são danosos à saúde se consumidos em excesso. A dependência química dessas drogas lícitas também esbarra nas emergências hospitalares e em longos tratamentos para a perda do vício.
A bandeira da legalização da maconha é levantada não pelos seus danos como vício, mas diante das conseqüências que ela trás através da criminalidade que o tráfico de drogas gera, que também resulta em graves problemas de saúde pública. São centenas de inocentes feridos, mortos ou reféns do tráfico. A legalização impulsiona muito mais a questão de saúde pública, pois o viciado é aquele que necessita de tratamento médico, de cuidados especiais, incluindo acompanhamento psicológico. Isso também impulsiona a demanda de mais recursos financeiros para esse meio, inclusive aumento do número de profissionais e estrutura para atender a demanda exigida. A comissão brasileira sobre drogas e democracia traz, nas suas propostas, uma revisão da regularização das drogas para combater esse problema. Para a comissão, essa questão é um grande problema de saúde pública, tendo em vista a necessidade de tratamento dos viciados, observados como uma doença e analisando o tráfico, mais precisamente o traficante, como um problema de segurança pública onde a punição e a justiça devem vigorar.
Hoje, tanto as drogas lícitas como as ilícitas são fontes de poderio dos barões do tráfico. É uma indústria, em que os que realmente ganham não sofrem as conseqüências do vício e não são punidos pelos crimes que acontecem durante o ciclo que envolve todo o tráfico.
A questão preponderante que gera preocupação, quando se trabalha o debate das drogas como um dos grandes problemas de saúde pública, é o emaranhado de entorpecentes com poder de destruição do ser humano, infinitamente mais poderosos que a maconha, o álcool ou o tabaco. O crack é uma questão de segurança publica, observando do ponto de vista da criminalidade, mas o seu poder de degradação do organismo é infinitamente maior. O resultado final sempre é a morte e, a partir do momento em que se experimenta a pedra, não se consegue mais sair.
Ainda pior que o crack é o recém nascido Oxy, com poder entorpecente ainda maior. Tem, na sua formulação, ácido de bateria, matando o usuário em menos de um ano.
Cada vez surgem drogas piores, seja na conjuntura da criminalidade, mas principalmente em danos à saúde. Como combater isso? Como punir os barões e salvar as vítimas que entram nesse mundo obscuro? Essas são as questões que permeiam as discussões políticas e econômicas quanto à legalização das drogas. Legalizar seria uma forma de controlar esse mercado, evitando mortes pela criminalidade e controlando o consumo? Questões que estão na pauta de debates e ainda precisam ser muito revistas pelo poder político e pela sociedade, como um todo. Legalizar é dar liberdade ao consumo e ao mesmo tempo é aumentar o número de usuários e a dependência química. Cada um decide o seu caminho, mas no final é toda a sociedade que paga pelo tratamento e reabilitação do usuário.
Cada um curte a “vibe” que escolhe, mas todos pagam esse preço.
A questão preponderante que gera preocupação, quando se trabalha o debate das drogas como um dos grandes problemas de saúde pública, é o emaranhado de entorpecentes com poder de destruição do ser humano, infinitamente mais poderosos que a maconha, o álcool ou o tabaco. O crack é uma questão de segurança publica, observando do ponto de vista da criminalidade, mas o seu poder de degradação do organismo é infinitamente maior. O resultado final sempre é a morte e, a partir do momento em que se experimenta a pedra, não se consegue mais sair.
Ainda pior que o crack é o recém nascido Oxy, com poder entorpecente ainda maior. Tem, na sua formulação, ácido de bateria, matando o usuário em menos de um ano.
Cada vez surgem drogas piores, seja na conjuntura da criminalidade, mas principalmente em danos à saúde. Como combater isso? Como punir os barões e salvar as vítimas que entram nesse mundo obscuro? Essas são as questões que permeiam as discussões políticas e econômicas quanto à legalização das drogas. Legalizar seria uma forma de controlar esse mercado, evitando mortes pela criminalidade e controlando o consumo? Questões que estão na pauta de debates e ainda precisam ser muito revistas pelo poder político e pela sociedade, como um todo. Legalizar é dar liberdade ao consumo e ao mesmo tempo é aumentar o número de usuários e a dependência química. Cada um decide o seu caminho, mas no final é toda a sociedade que paga pelo tratamento e reabilitação do usuário.
Cada um curte a “vibe” que escolhe, mas todos pagam esse preço.
*Aluna do VII nível de Jornalismo Online
2 comentários:
Muito edificante suas anotações, foram para mim de grande informação.
Deus te ajude e abençõe Muitíssimo...
Parabéns, ótimo texto. Me ajudou bastante na redação.
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