sábado, 5 de dezembro de 2009

Shosana e os Bastardos Inglórios

Natália Arend, acadêmica de jornalismo, VII nível

“Ou você faz o que mandamos, ou eu vou enterrar esse machado na sua cabeça colaboradora”
Shosana

Este foi o ano de Bastardos Inglórios para os fãs do incrível Quentin Tarantino,como já é de costume na filmografia do cineasta, ele mistura linguagens, épocas e escolas, que no final das contas acabam desaparecendo para se tornar uma coisa com a identidade de Tarantino. Do faroeste, que já tinha servido de inspiração para Kill Bill Volume 2, vem a inspiração para a trilha sonora e a tensão dos duelos físicos ou verbais que sempre estão cheios de tiradas inteligentes. A criação do personagem de Brad Pitt vem de atores como Aldo Ray e John Wayne, de um obscuro filme italiano, vem o nome do filme, e da nouvelle vague vem a inspiração para a criação da personagem de Melanie Laurente, Shosana.
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A história começa na França ocupada pelos nazistas onde Shosana testemunha a execução de sua família pelo coronel nazista Hans Landa. Após uma introdução brilhante a jovem consegue escapar e segue para Paris, onde cria uma nova identidade como dona de um cinema. Enquanto isso, o tenente Aldo Raine inferniza ao lado de seu grupo de soldados judeus os nazistas. Conhecido pelos inimigos como os Bastardos, o esquadrão de Raine se junta à atriz alemã e agente infiltrada Bridget Von Hammersmark em uma missão para derrubar os líderes do Terceiro Reich. E o destino leva todos ao cinema de Shosana, onde ela planeja a sua própria vingança.
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Para quem assiste a cena do capítulo 3, quando ela assume a nova identidade, tem a sensação de que ela saiu diretamente de um filme de Godard ou Truffaut, a francesa blasé, com tiradas inteligentes e que executa um plano para vingar a morte de sua família.
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A primeira vista, trocando o letreiro do cinema parece se tratar de uma menina frágil, mas a judia disfarçada, aproveitou a oportunidade para executar seu plano de vingança, tão cobiçado pelo bando dos Bastardos Inglórios.
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Shosana merece uma critica a parte por carregar boas doses de drama do filme, e de como a boa direção de um personagem por simples que ele possa parecer no primeiro take pode conduzir.

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