sábado, 28 de novembro de 2009

Um dia para refletir


Liliane Ferri Berti, Acadêmica do curso de Jornalismo, VII Nível


No dia 20 de novembro é comemorado o Dia Nacional da Consciência Negra, data de aniversário da morte de Zumbi, um dos mais importantes líderes do Quilombo dos Palmares, representante da maior comunidade de escravos fugidos nas Américas, com uma população estimada em mais de 30 mil pessoas. Mais de 750 municípios brasileiros celebram esse dia, porém Segundo a Seppir (Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial), do governo federal, nem todos os municípios decretaram feriado ou ponto facultativo. A data é comemorada nacionalmente desde 1978, mas apenas a partir de 1995 algumas prefeituras vêm instituindo feriado nesse dia.

Ícone da resistência negra ao escravismo e da luta pela liberdade, Zumbi foi assassinado em 1695 numa emboscada na Serra Dois Irmãos, em Pernambuco, após liderar uma resistência que culminou também com o início da destruição do Quilombo dos Palmares. Os movimentos sociais brasileiros escolheram o dia 20 de novembro para mostrar o quanto o país continua marcado por diferenças e discriminações raciais.
Para o professor Fernando Alves da Silva, diretor do Instituto Estadual Santo Tomás de Aquino, de Marau, o Dia Nacional da Consciência Negra é mais importante que o 13 de maio, pois a sociedade precisa refletir continuamente sobre a questão do negro no Brasil. “Não é apenas uma reflexão sobre o negro, mas sobre sua exclusão. É necessário tomar consciência da necessidade fundamental de criar condições para a igualdade racial, gerando políticas públicas voltadas ao mercado de trabalho e à democratização da renda”, disse.

A estudante Camila Cristina da Silva diz que o Dia Nacional da Consciência Negra é um dia de reflexão de todos os brasileiros que acreditam numa sociedade de fato democrática e igualitária. “A diversidade histórica da situação de opressão do povo é extremamente desfavorável aos negros”, afirma, acrescentando que o Dia da Consciência Negra é um momento de visibilidade deste problema. Questionados sobre as cotas para negros em universidades, Camila e Fernando têm posições diferentes, como muitos brasileiros. Enquanto alguns acreditam que é mais uma forma de discriminação, outros esperam diminuir as diferenças.

Mais informações sobre o assunto no site http://www.portalafro.com.br/.

Nenhum comentário: