sábado, 16 de maio de 2009

Fobias : como identificar e curá-las.

Bruna Z. Zolet

Ledinara Piran


Você já ouviu falar em colorobia (medo de palhaço), algodãofobia (medo de algodão) ou pteronofobia (medo de cócegas)? Essas são algumas das fobias mais estranhas. As fobias podem ter sua origem de diferentes situações: “têm vários estudos e teorias que colocam a fobia como origem da herança genética ou histórico familiar”, afirma o psicólogo Anderson Dozza*.

Um exemplo citado por Dozza é o medo de aranha (aracnofobia) . Ele destaca que esse medo muitas vezes não seria relacionado à aranha e sim ao que o aracnídeo simboliza - que pode estar relacionado a uma angústia muito grande do passado da pessoa.

Outra fobia muito conhecida é a claustrofobia, quando se tem medo de lugares fechados, ou como explica Dozza, é a situação em que alguém está em um ambiente pequeno e começa a sentir dificuldade em respirar. Algumas pessoas a confundem com a agorafobia, que é o medo de se encontrar em um lugar, onde se sente dificuldade de sair.

Entre os sintomas clássicos da claustrofobia está a transpiração excessiva, aceleração do coração, falta de ar, o que muitas vezes pode gerar o transtorno de pânico, o ponto extremo da fobia.

A claustrofobia não atinge uma idade específica, ela pode acontecer tanto com crianças quanto com adultos. Segundo Dozza, enquanto as fobias mais específicas, como aracnofobia, atingem mais as mulheres, a fobia social está igualada.

Existem diferentes meios de se tratar fobias. No caso de uma pessoa que tenha medo de cachorro, primeiramente ela pode passar por uma sessão de terapia, depois por um processo de identificação do cão com fotos ou urso de pelúcia, para só no final ser exposta ao contato direto com o animal. “Com isso se procura diminuir a ansiedade e o medo, até que se chegue a cura”, explica o psicólogo.

Outro processo, mas que leva mais tempo, é a psicanálise, que trabalha com a história do paciente. “É um tratamento mais demorado e exige mais esforço tanto do paciente quando do psicanalista”, lembra Dozza.


*Anderson Cassol Dozza, (CRP 07/14851) – Psicólogo formado pela Universidade de Passo Fundo – Especialista em Intervenções Psicosociais.

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