Mirna e Zélia mandando torpedos durante o Réveillon.
Por Bibiana Klein, acadêmica de Jornalismo, VII nível
Século XXI e tecnologia de ponta em todos os setores. As televisões com cheiro e gosto estão batendo em nossa porta. Computadores que respondem aos donos. Ipod, Iphone e celulares. Celulares pequenos, com internet, músicas, câmeras, você pode encontrar tudo o que precisa em modelos cada vez mais bonitos e ágeis.
As operadoras não medem esforços pra garantir a comodidade e satisfação de seus usuários, planos flexíveis que permitem ao consumidor escolher quantos minutos desejam falar, o número de torpedos, liberdade de trocar a operadora sem multa. A briga pelos clientes é cruel e a propaganda é a alma do negócio.
No entanto, todos estes benefícios não são suficientes a quem não consegue mais acompanhar a aceleração da tecnologia. Voltadas aos jovens e adultos, as operadoras esquecem-se da terceira idade, e a maioria dos idosos ainda tem dificuldades em manejar o celular. Zélia Scheneider, 67 anos, afirma que possui o celular há pouco mais de dois anos e que relutou em adquirir o aparelho: “Eu só peguei o celular, por que o meu genro me deu, se não eu não usaria o aparelho.”
Encontrando dificuldades para utilizar o aparelho, a maioria dos idosos procura ajuda com os parentes próximos ou até mesmo nas lojas conveniadas. “Quando eu tenho algum problema com o celular ou não sei como fazer alguma coisa peço a minha filha, se ela não está presente ou não pode me ajudar eu vou até a loja e peço ajuda” assim Mirna Klein, 60 anos, resolve os seus problemas com o aparelho.
Dono de uma loja de venda autorizada de celulares, na cidade de Ibirubá (RS) , Ilmar Kanitz justifica que grande parte dos usuários de telefone celular são jovens: “Cerca de 80% dos consumidores que vêm até a minha loja são jovens e adultos entre 20 e 35 anos. Alguns compram celulares para as crianças, mas muito pouco são para idosos”. Além disso, Ilmar afirma que as pessoas que moram na zona rural também procuram bastante pelos aparelhos, já que a maioria das localidades do interior não possui rede de telefone, ou então a instalação é mais difícil.
Quanto a dificuldade dos idosos em se adaptar a tecnologia afirma o seguinte: “Muitas vezes eles chegam aqui com muita vergonha, por não saber como realizar uma ligação, mandar uma mensagem, ou até mesmo com problemas na leitura da conta, para não constrangê-los ainda mais os nossos vendedores são treinados para serem simpáticos e compreensivos”.
Apesar de todos os problemas, Loni da Rosa, 70 anos, que trabalhou durante muito tempo com telefonia, afirma que a sua vida se tornou muito mais fácil depois do celular. “Quando eu era criança, para fazermos uma ligação tínhamos que caminhar até a mercearia ou a casa de alguém que tivesse telefone, esperar que a telefonista completasse a ligação, e ainda assim quase não ouvíamos o que o outro dizia. Hoje é só apertar dois ou três botões e falamos com alguém do outro lado do mundo.” Você está convidado a fazer um tour pela história do telefone e também ver fotos .
Já para Mirna, a comodidade que o celular oferece não é o ponto principal, e sim a sua segurança. “Nos dias de hoje, com toda essa violência, temos que ter sempre uma maneira de nos comunicarmos, pois nunca sabemos o que poderá acontecer.” Apesar das dificuldades que os idosos encontram na adaptação, o celular e também a tecnologia tem sido aliados a favor do seu bem estar e melhoria na qualidade de vida.
Se você quiser, clique aqui e assista a um vídeo produzido pela empresa online Edushop revendedora de aparelhos eletrônicos sobre um celular feito especialmente para idosos. E para mais informações acesse o Blog Mundo das Tribos
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