Ânderson Silva
Em 1893 no alto da Avenida Paulista, em São Paulo o padre gaúcho Landell de Moura fez a primeira experiência de transmissão de radiotelefonia ao transmitir sinais e sons numa distância de oito quilômetros. Mal sabia ele que abriria as portas para uma avalanche comunicacional que hoje é o rádio.
A evolução tecnológica é o principal aliado da radiofonia, tanto que logo após o ato de Landell de Moura, foi inventada a válvula termiônica que aperfeiçoou ainda mais a reprodução e a transmissão do sinal de rádio. Com o passar dos anos o rádio ganhou inovações a foi recebido com muita euforia pela população já que as pessoas podiam ouvir informações e comunicados através de uma pequena caixa de madeira. A radiodifusão brasileira teve sua inauguração em 1922 no Rio de Janeiro em virtude do Centenário da Independência do país. O transistor, em 1948 surgiu como revolucionário fazendo com que surgissem os receptores portáteis. Com isso, o rádio chegou para formar e informar pessoas através do seu alcance que chegava às comunidades mais distantes.
Os operadores de áudios das emissoras tinham o árduo trabalho de, através das próprias artimanhas, fazer com que o som fosse veiculado da melhor forma possível e sem os atuais aparatos tecnológicos. Brasil Carvalho é operador de técnica de som há 35 anos e atualmente trabalha na Rádio Planalto. Desde 1972, quando iniciou suas atividades neste ramo, as dificuldades por ele encontradas eram muitas. “De lá para cá a tecnologia mudou bastante. No começo da carreira, radialista e operador tinham que usar o ouvido já que antes não tinham laudas para colocar os áudios e acompanhar as apresentações”. Carvalho lembra que os comerciais eram gravados em acetato, um disco de alumínio que continha as mensagens dos apoiadores e patrocinadores. Depois disso, foram criadas a fita cassete, fita rolo, cartucho, MiniDisk (MD) e atualmente o computador.
A tecnologia, hoje, permite que as transmissões sejam mais acessíveis, tanto para quem trabalha operando uma mesa de áudio quanto para os que escutam em diversas locais do mundo. Iniciar um programa fica apenas a um clique, assim como a veiculação de fatos e acontecimentos. Para quem antes tinha de ter um ouvido preciso e ficar enrolando fitas para operar a mesa de áudio, Brasil Carvalho agradece à evolução. “A modernidade nos ajuda muito. Na época que eu iniciei como radialista tinha que ser artista. Hoje, basta saber operar um computador para trabalhar”, acrescentou.
Para quem achou que o crescimento havia terminado se enganou. A chegada de era digital promete revolucionar novamente todos os conceitos de transmissão e técnicas de som. Isso mostra que a história do rádio ainda é muito longa e, ao contrário do que muitos pensam, está muito longe do fim.
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Legenda: Brasil Carvalho é operador de som há 35 anos
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Legenda: Brasil Carvalho é operador de som há 35 anos
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