Afani Carla Baruffi
Há vezes que paro e me pergunto: será que o sentido dos movimentos urbanos não está se esgotando em virtude da política, essa versão clássica de representação, direção de partido e conquista do poder?
É uma espécie de balanço crítico diário, por vezes engajado, mas nem por isso menos questionador e sedutor.
Marava, grafiteiro em Passo Fundo explica:
“O movimento urbano não se esgota, porque ele está nas ruas, nas paredes, nos locais e aos olhos de cada um que sabe entender a diferença entre a arte e a pichação. Grafite é a expressão do trabalho artístico que representa os anseios, as revoltas, a diversificação, o novo, as revoluções, as mudanças. A pichação quer demarcar território entre grupos rivais, se refere a algo que confronte a sociedade, às vezes com frases de protesto, outras com assinaturas pessoais. Grafite é muito diferente.”
De acordo com a Constituição do Brasil, o piche é considerado vandalismo e incluso como crime ambiental nas leis nos termos do art. 65, da Lei 9.605/98, com pena de detenção de três meses a um ano, e multa. O Grafite ou Graffiti, plural de graffito, significa “marca ou inscrição feita no muro”, e é o nome dado às inscrições feitas em paredes desde o Império Romano.
“O grito do hip hop”, de Fátima Chaguri e Luiz Puntel, é uma obra que nos da à possibilidade de reflexão quanto a atitudes e procedimentos que podem transformar fragilidade e exclusão em força e inclusão social. A história tem “Toninho” como protagonista, um menino pobre da periferia de São Paulo, que convive dia a dia com a pobreza, o desemprego, a criminalidade, mas nem por isso deixa de se divertir, saindo com seus amigos, pichando muros e paredes. No entanto, a felicidade do vandalismo perde a graça à medida que Toninho entra em contato com ativistas do movimento hip hop, isto é, o grafite. Partindo desse pressuposto o protagonista se depara com a possibilidade de transformar sua vida através do amor e da cidadania.
Para Marta Henkes, professora da Escola Municipal de Ensino Fundamental Zeferino Demétrio Costi, fazer com que os alunos conheçam essa expressão de movimento urbano é mais uma forma significativa de aprendizado social: “O grafite permite a interação dos alunos com o mundo da periferia, que é descriminado e não é conhecido como cultura. Esse tipo de movimento proporciona também abordagens interdisciplinares, no momento em que podemos interligar a educação artística, a história, a literatura e outras culturas populares”.
As dificuldades e limites de comunicação dos movimentos sociais com partidos políticos e, em última instância, a sua eficácia em transformar as estruturas de poder, são temas enfrentados acerca da mudança social e política no Brasil recente. “O descaso não está na efetivação dos movimentos e sim nos olhos e nas atitudes daqueles que só compreendem o poder e anulam os elementos do hip hop (dj, mc, bboy, grafite)”, reforça o grafiteiro passo-fundese.
Dica de Vídeo: Grafite
É uma espécie de balanço crítico diário, por vezes engajado, mas nem por isso menos questionador e sedutor.
Marava, grafiteiro em Passo Fundo explica:
“O movimento urbano não se esgota, porque ele está nas ruas, nas paredes, nos locais e aos olhos de cada um que sabe entender a diferença entre a arte e a pichação. Grafite é a expressão do trabalho artístico que representa os anseios, as revoltas, a diversificação, o novo, as revoluções, as mudanças. A pichação quer demarcar território entre grupos rivais, se refere a algo que confronte a sociedade, às vezes com frases de protesto, outras com assinaturas pessoais. Grafite é muito diferente.”
De acordo com a Constituição do Brasil, o piche é considerado vandalismo e incluso como crime ambiental nas leis nos termos do art. 65, da Lei 9.605/98, com pena de detenção de três meses a um ano, e multa. O Grafite ou Graffiti, plural de graffito, significa “marca ou inscrição feita no muro”, e é o nome dado às inscrições feitas em paredes desde o Império Romano.
“O grito do hip hop”, de Fátima Chaguri e Luiz Puntel, é uma obra que nos da à possibilidade de reflexão quanto a atitudes e procedimentos que podem transformar fragilidade e exclusão em força e inclusão social. A história tem “Toninho” como protagonista, um menino pobre da periferia de São Paulo, que convive dia a dia com a pobreza, o desemprego, a criminalidade, mas nem por isso deixa de se divertir, saindo com seus amigos, pichando muros e paredes. No entanto, a felicidade do vandalismo perde a graça à medida que Toninho entra em contato com ativistas do movimento hip hop, isto é, o grafite. Partindo desse pressuposto o protagonista se depara com a possibilidade de transformar sua vida através do amor e da cidadania.
Para Marta Henkes, professora da Escola Municipal de Ensino Fundamental Zeferino Demétrio Costi, fazer com que os alunos conheçam essa expressão de movimento urbano é mais uma forma significativa de aprendizado social: “O grafite permite a interação dos alunos com o mundo da periferia, que é descriminado e não é conhecido como cultura. Esse tipo de movimento proporciona também abordagens interdisciplinares, no momento em que podemos interligar a educação artística, a história, a literatura e outras culturas populares”.
As dificuldades e limites de comunicação dos movimentos sociais com partidos políticos e, em última instância, a sua eficácia em transformar as estruturas de poder, são temas enfrentados acerca da mudança social e política no Brasil recente. “O descaso não está na efetivação dos movimentos e sim nos olhos e nas atitudes daqueles que só compreendem o poder e anulam os elementos do hip hop (dj, mc, bboy, grafite)”, reforça o grafiteiro passo-fundese.
Dica de Vídeo: Grafite
Nenhum comentário:
Postar um comentário