Gabriely Santos e
Giordana Pezzini*
Século XXI.
Nossa vida mudou radicalmente, um giro de 360 graus. Ao mesmo tempo em que
trouxe vantagens e facilidades, essa mudança preocupa. Tecnologia é algo
fantástico, mas causa tanta dependência quanto o álcool e drogas.
O surgimento
e avanço de computadores, Iphone, Ipad,
Twitter, Facebook trouxe e traz cada vez mais adeptos e dependentes de
tecnologia e internet. Há quem levante no meio da noite somente para checar e-mails
e redes sociais. Enquanto trabalha, não largar o celular e ficar no MSN, se
afastar dos amigos por que prefere ficar em casa na frente do computador: todos já são casos comuns. Se você é uma dessas
pessoas, cuidado: você é um viciado em tecnologia, e isso traz riscos para a
saúde.
O diretor de
tratamento de vícios da Clínica Menninger em Houston, Texas, John O'Neill trata isso como uma “sobrecarga
de tecnologia”. Além do dano à saúde - o cérebro é prejudicado por passar horas
em frente à luz do computador; geralmente não ficamos com uma postura correta,
prejudicando a coluna -, a vida social também é prejudicada, pois estamos em
uma fase onde as relações já são interpessoais.
A Internet/Computer Addiction Services,
em Washington, estima que cerca de 10% dos mais de 189 milhões de usuários são
viciados em tecnologia.
No Brasil, a Intersperience realizou uma pesquisa na qual o resultado apontou que as
pessoas que ficam sem internet se sentem sozinhas e tristes. O estudo revelou que 53% dos entrevistados se sentem
incomodados quando têm acesso à rede negado e 40% se sentem solitários sem
estar online.
Fonte: Google Images |
Convidamos dois alunos de
Jornalismo da UPF para fazer um pequeno teste sobre o vício nas tecnologia. Mateus
Dameto atingiu 7 pontos, um índice um pouco alto, enquanto Ana Lucia Zanella
apenas 5. Embora nenhum deles esteja num índice patológico de vício, poderia ser interessante que se desligar da internet às vezes, como eles próprios reconhecem.
A tecnologia trouxe muitas vantagens, mas também gera muitos transtornos, como a cruel dualidade de aproximar quem está longe e afastar quem está perto. Quem, no mundo contemporâneo, nunca deixou de interagir com as pessoas ao redor pra falar com alguém na internet?
Outra coisa que nota-se nos viciados na internet é que eles leem cada vez mais blogs ao invés de livros quando estão on-line, quando estão conectados à rede é mais dificil concentrar-se para ler um e-book, por exemplo. Acredita-se que essa seja uma das razões pelas quais os livros impressos nunca serão ultrapassados.
Mas é claro que isso não é tudo, existem pessoas que não conseguem se desligar, pensam o tempo todo sobre o que está acontecendo no mundo. É quase como se as coisas só existissem a partir do momento que estivessem na rede. Outra razão pela qual a tecnologia é tão intrínseca à vida das pessoas, é que, assim como acontece com o cinema e com a televisão, as pessoas têm a ilusão de estar vivendo ao assistir a vida alheia. Isso é mais grave que um simples prazer voyeur, é quase um problema social e, como a maioria dos problemas sociais, será descoberto daqui algum tempo, depois de vários casos perdidos.
A tecnologia trouxe muitas vantagens, mas também gera muitos transtornos, como a cruel dualidade de aproximar quem está longe e afastar quem está perto. Quem, no mundo contemporâneo, nunca deixou de interagir com as pessoas ao redor pra falar com alguém na internet?
Outra coisa que nota-se nos viciados na internet é que eles leem cada vez mais blogs ao invés de livros quando estão on-line, quando estão conectados à rede é mais dificil concentrar-se para ler um e-book, por exemplo. Acredita-se que essa seja uma das razões pelas quais os livros impressos nunca serão ultrapassados.
Mas é claro que isso não é tudo, existem pessoas que não conseguem se desligar, pensam o tempo todo sobre o que está acontecendo no mundo. É quase como se as coisas só existissem a partir do momento que estivessem na rede. Outra razão pela qual a tecnologia é tão intrínseca à vida das pessoas, é que, assim como acontece com o cinema e com a televisão, as pessoas têm a ilusão de estar vivendo ao assistir a vida alheia. Isso é mais grave que um simples prazer voyeur, é quase um problema social e, como a maioria dos problemas sociais, será descoberto daqui algum tempo, depois de vários casos perdidos.
Se você acha que também é viciado
em tecnologia, faça o teste aqui, e, independente do resultado, exprerimente se
desligar um pouco, pois a vida lá fora continua
sendo uma ótima pedida.
PS: As estudantes que vos escrevem são viciadas em
internet. Quase sempre online e, sim, nos sentimos sozinhas quando estamos offline.
*Gabriely Santos e Giordana Pezzini são acadêmicas de Comunicação Social - Jornalismo, IV e VI níveis
*Gabriely Santos e Giordana Pezzini são acadêmicas de Comunicação Social - Jornalismo, IV e VI níveis